kchg - keine characters galerie
logo
kchg

marinho, eine geschichte der straßen von rio de janeiro: zeichnungen und wandmalerei






 

Uma Historia das Ruas do Rio de Janeiro

 

Meu nome é Mario.  Nasci na cidade do Rio de Janeiro no Brasil. Iniciei a minha carreira artistica pela pixação. Em 1991 fiz o meu primeiro tag com spray (Daba) aos 11 anos de idade no bairro de Copacabana. Copacabana é um dos lugares onde existem prédios bem altos que na época era muito cobiçado por pixadores de todas as regiões do Rio de Janeiro. Eles escalavam esses prédios para deixarem suas marcas lá no alto. Quanto mais alto, mais fama e reconhecimento entre os outros pixadores. Desafiando o perigo de cair de grandes alturas, os moradores, a policia e o proprio medo. Cresci participando dessa cultura.



Em 1995 aos 15 anos de idade fui morar em outro bairro chamado Leblon. MVL (Morcegos Voadores do Leblon) que já existia em 1991, tinha acabado por ordem de um chefe de um outro grupo GML (Galera Maldita do Leblon), do mesmo bairro. A MVL foi reinicida atraves de um dos antigos integrantes e inventores da sigla, o Lody. E os primeiros integrantes dessa nova geração era: Lody, Beça, Bad (Eu), Saig e Gul. Depois vieram os outros integrantes: Sesh, Vel, Sock, Pend, Kell, Tana, Tick, Can e outros. Nosso grupo ganhou muita força no ano de 1997. Em 98 organizamos nossas primeiras reuniões de pixadores. Vindo pixadores de todas as regiões da cidade. Entre eles pixadores muito conhecidos como: Tai, Veli, Bonus entre outros. Em 1996 aos 16 anos de idade eu já havia espalhado meu tag pelos 4 cantos da cidade. Lembro-me de uma historica situação em uma das mais tradicionais reuniões de pixadores no suburbio do Rio de Janeiro. O lugar chamado Madureira onde pixadores de todas as partes se reuniam para asinar cadernos e comentarem lugares onde haviam pixado. Fui lá com um amigo meu que já morreu. O nome do tag dele era Drean FR (Filhos da Rebeldia). Assinei cadernos ao lado de grandes nomes da pixação.




Na minha cidade conheço historias de jovens que foram mortos a tiros por estarem pixando. Na maioria das vezes são cidadões comuns ou ex-policiais. Um dos casos bem conhecidos no ano de 2002 foi o Caixa, um pixador muito famoso por subir em lugares altos. Foi morto a tiros em São Gonçalo, suburbio de Niteroi, municipio de Rio de Janeiro.

Um outro caso mais antigo foi a do Seif FR. Foi espancado por seguranças e jogado do alto de um predio na Avenida Brasil. Nesse momento que isso aconteceu ele subiu em outros lugares alto todo ferido e escreveu 2 frases que ficaram eternizadas na memoria dos pixadores:


‘A morte só persegue quem a teme’ e ‘Seif uma chama que nunca se apagará’.


Depois foi para casa e morreu quando dormia.


Ele foi um dos pixadores a transformar radicalmente a tipografia da pixação carioca. Na minha opinião ele foi o percusor de toda uma nova escola de novos pixadores que com certeza se influenciaram no estilo grafico do seu tag. Ele é uma lenda da pixação carioca.


Eu conto essas historias não como algo heroico por parte desses pixadores, mais sim com grande tristeza no meu coração. Pois por mais que a pixação não seja aceita pela sociedade eu não penso que as pessoas tenham que sofrer violência ou perderem suas vidas por causa disso.

Em 1997 já havia tido muitos problemas com a minha familia, sobre tudo a minha mãe. Fiquei um ano sem pixar. Retornei em 98 e parei de novo em 99 pois nessa época conheci a dotrina cristã e passei a min interessar pelo grafiti que começava acontecer nessa época na minha cidade.

Pois o grafiti que são desenhos e letras coloridas passou a conquistar a simpatia da sociedade. Por isso não dar problema com a policia quanto a pixação. Em 1999 fiz minhas primeiras letras gordas, prenchidas nas comunidades da Roçinha e Vidigal, favelas na zona sul do Rio domina-das pelo tráfico de drogas. Um dos meus amigos, o Sesh, que tinha muito talento para o desenho, depois de um tempo começou a ensinar essa arte para os jovens da sua comunidade que é o Vidigal como uma forma de fazer esses jovens não irem paro o caminho do tráfico.

Em 2001 aos 21 anos de idade comecei a desenvolver o meu estilo próprio. Que nada tinha ha ver com o estilo de grafiti americanizado e nem pixação.

Nessa época estava envolvido com leituras relacionadas a Fisica Quantica e filosofias  espirituais do Oriente. Por curiosidade de saber a causa da existência. E esses estudos influenciaram o meu novo estilo de trabalho. Esses são alfabetos, ideogramas, simbolos que desenvolvi na época como forma de dizer graficamente o que havia absorvido nesses estudos.

Como por exemplo: O olho representa a semente cosmica ou a sentelha divina, a alma que é imortal.

A cabeça desenhada de perfil representa a persona, como em grego significa ‘mascara’. Representa tambem a indentidade corpórea material e temporal. Ou seja o corpo mortal que a alma imortal utiliza para viver nesse mundo.

O 13 que sempre aparece nas minhas cabeças é uma representação da lua, do inconciente e das águas. Pois a lua da 13 voltas em volta da terra num perido de um ano. Esse número é o número que representa os ciclos lunares no calendario Maia.

Aparece nos meus trabalhos tambem simbolo da cruz. Pois é um simbolo dos mais antigos da humanidade, que já existia antes de Cristo. Representa o ceu e a terra. O traço vertical é o ceu, o pai. E o traço horisontal é a terra, a mãe.

E tambem desenvolvi traços, organico e reto. Pois o reto representa a razão e a curva representa a emoção. A razão é o sol, a emoção e a intuição é a lua.

Pois todas as civilisações e o proprio homen desenvolveu simbolos graficos para representar suas ideias e sentimentos como códigos de linguagem com fim de conseguirem se comunicarem e expressarem seu pensamento para o mundo. Criando uma unidade simbolica entre sua tribo, etnia ou nação. Assim é o caso das letras que são desenhos graficos que representão sons.
 

Eu espalhei essas minhas pinturas que desenvolvi tecnicamente com pincel, rolo e tinta de parede por toda zona sul da minha cidade.

Atravez dessa minha atividade chamei atenção de muitas pessoas. Uma galeria me chamou para fazer a minha primeira exposição individual. A partir deste momento entrei para o circuito da arte contemporanea pelo fato de usar a cidade como meio e suporte da minha poesia gráfica.
Isso foi no ano de 2005.

A partir desse ano, nos anos seguintes fui convidado a fazer novas exposições. Mas não parei de continuar a fazer minhas intervenções nas ruas da minha cidade. A cidade é a propria pixação. Pois a pixação é considerado sujeira e a cidade é suja em varios sentidos. Pois ela polui o ar, desroi as florestas, polui os oceanos e nela reina a exploração e a miseria.

E o tag que é a origem da cultura desse grafiti atual que naceu nas ruas de Nova York é a propria palavra que aponta esse vandalismo das grandes cidades. Falada pelo povo, sobre tudo os mais excluidos. E essas grandes cidades só visam o progresso economico e material que é a maior caracteristica da nossa atual sociedade capitalista de consumo. Onde a exploração escravocrata é seu maior fundamento ou seja seu maior pilar. Pois esse sistema tem o objetivo de beneficiar uma minoria rica que se desenvolve a partir da sua politica de exploração. Criando assim um disturbio e um desequilibrio social.  Gerando a miseria, a desigualdade social, por fim a guerra. Não tendo nemhum respeito pelo planeta e pelas leis naturais.


Pois pesquisando a historia do grafiti encontrei historias da antiga Roma. Onde Plebeus escreviam frases de protesto contra o governo e sua politica de miseria do ‘Pão e Circo’ e com desenhos que satirisa
-vam os imperadores.


O tag é o proprio hiroglifo que representa a estética do caos. E tambem é um reflexo da auto afirmação da individualidade em uma sociedade consumista. Que se homogeniza cada vez mais com os processos da globalização e da nova ordem social.

Em 2008 fui para Berlim. Quando cheguei lá fiquei impressionado com a forte cena do grafiti nessa cidade. Onde reconheci uma influência da cultura da pixação de São Paulo. Onde os tags são realizados com rolo e tinta de parede. Vi muitas siglas no alto de prédios, muitos tags e grafites com influências Nova Yorquinas. E vi tambem algumas pinturas que em Berlim são reconhecidas como ‘Streetart’.

Mas o que mais me chamou atenção fui o estilo underground das letras feitas com rolos nos altos dos prédios. Nesse momento tive a oportunidade de conhecer uma pessoa que mim instruiu a respeito dos principais grupos de grafiti de Berlim. E passei a reconhecer-los facilmente nas ruas. Nessa cidade marcada por tantas guerras e uma disputa ideológica, simbolizada pelo grande e famoso muro de Berlim. Daí lembrei de uma frase em minha mente:

‘Antes não havessem muros a serem grafitados’.

Marinho (Berlim, Otubro 2011)




Texto escrito para a expocição:

‘Uma historia das ruas do Rio’ em Berlim

 

 

Eine Geschichte der Straßen von Rio de Janeiro

 

Mein Name ist Mario. Ich wurde in Rio de Janeiro, Brasilien, geboren. Meine künstlerische Laufbahn habe ich als Sprüher (Pixador, sprich: Pischador) begonnen. 1991 machte ich mein erstes Tag (Daba) mit
einer Dose im Alter von 11 Jahren im Stadtteil Copacabana. Viele
Sprüher aus ganz Rio de Janeiro kamen zu der Zeit wegen der Hochhäuser nach Copacabana. Irgendwie kamen sie da rauf und hinterließen ganz oben ihre Zeichen. Je höher, desto mehr Respekt und Aufmerksamkeit erhielten sie für ihre Pixos (sprich: Pischos) von den anderen Sprühern. Alles andere außer Acht lassend: die Gefahr runter zu fallen, von den Bewohnern oder der Polizei entdeckt zu werden, und die eigene Angst. Ich bin als Teil dieser Kultur aufgewachsen.

1995, mit 15 Jahren, zog ich in einen anderen Stadtteil: Leblón. Die Gruppe MVL (die fliegenden Fledermäuse von Leblón) die es dort schon seit 1991 gab, musste auf Anordnung des Chefs einer anderen Gruppe aufgelöst werden, der Gruppe GML (verruchter Haufen von Leblón), aus dem gleichen Viertel. MVL wurde jedoch von einem der alten Gründungsmitglieder mit dem Zeichen Lody wiedererweckt. Und die Mitglieder dieser neuen Generation waren: Lody, Beça, Bad (Eu), Saig und Gul. Danach kamen noch: Sesh, Vel, Sock, Pend, Kell, Tana, Tick, Can und andere. Im Laufe der Zeit wurden wir zu einer richtig starken Gruppe. 1998 organisierten wir unsere ersten Pixadores Treffen. Es kamen Leute aus allen Teilen der Stadt, darunter auch ganz bekannte Namen wie zB: Tai, Veli, Bonus und andere. 1996, mit 16 Jahren, hatte ich meinen Tag schon überall in der Stadt gesprüht. An eine Situation
bei einem der traditionsreichsten Treffen in einem der Vorortr Rios kann ich mich besonders gut erinnern. Der Ort hieß Madureira, wo sich Pixadores aus allen Teilen der Stadt trafen um ihren Namen in die Bücher der anderen Sprüher zu schreiben und sich über Stellen auszutauschen, an denen sie gesprüht hatten. Dort war ich mit einem meiner Freunde, der schon gestorben ist. Sein Sprühername war
Drean FR (FR für Kinder der Revolte). Ich schrieb meinen Namen
neben die der Größen der Pixação (sprich: Pischasaung).

In meiner Stadt gibt es Geschichten von jungen Leuten, die erschossen wurden, weil sie gesprüht haben. Die das tun sind meist ganz normale Bürger oder Ex-Polizisten. 2002 kam es zu einem der bekanntesten Fälle: Caixa, ein Sprüher, der für seine besonders hohen Stellen berühmt war. Er wurde beim Sprühen erschossen, in São Gonçalo, einem Vorort von Niteroi, Rio de Janeiro.

Ein anderer Fall ist der von Seif FR. Er wurde von Sicherheitskräften zusammengeschlagen und dann vom Dach eines Hauses an der Avenida Brasil geworfen. Zerschmettert kletterte er noch auf weitere Gebäude und schrieb die 2 berühmten Sätze:

"Der Tod folgt nur dem der ihn fürchtet" und
"Seif, eine Flamme, die niemals erlöscht".

Worte, die für immer in der Erinnerung aller Pixadores eingemeißelt bleiben. Danach ist er zu Hause im Schlaf gestorben.


Er war einer der Sprüher, die die Typografie der Pixação in Rio de Janeiro maßgeblich beeinflusst haben. Meiner Meinung nach war er Vorreiter einer neuen Schule junger Sprüher, die von seinem Tag bei der Gestaltung ihres Namens beeinflusst wurden. Er ist eine Legende.

Ich erzähle diese Sachen nicht, weil ich glaube, dass es Heldentaten dieser Pixadores wären, sondern weil es mich sehr traurig macht. Denn auch wenn Pixação nicht gesellschaftlich akzeptiert ist glaube ich doch, dass diese jungen Menschen nicht so darunter leiden oder gar ihr Leben dafür verlieren sollten.

1997 gab es schon große Probleme mit meiner Familie, vor allem mit meiner
Mutter. Ich hab 1 Jahr lang nicht gesprüht. 98 hab ich wieder angefangen, aber 99 wieder aufgehört, weil ich einer christlichen Gemeinschaft beigetreten war. Ich fing an mich für Grafiti zu interessieren, das gerade in meiner Stadt auftauchte.

Denn Grafiti mit seinen bunten Bildern und Buchstaben eroberte die Sympathie der Gesellschaft in Rio de Janeiro. Deshalb kriegt man deswegen auch keinen Ärger
mit der Polizei. 1999 machte ich meine ersten Throw-Ups in Roçinha und Vigigal, Favelas in der Süd-Zone Rios, die ganz vom Drogenhandel bestimmt werden. Einer meiner Freunde, Sesh, war beim Malen sehr talentiert und fing nach einiger Zeit an, anderen jungen Leuten aus seinem Bezirk, dem Vidigal, diese Kunstform zu vermitteln, damit sie sich nicht dem Drogenhandel zuwandten.

Mit 21 Jahren, 2001, fing ich an, meinen eigenen Stil zu entwickeln. Das hatte weder mit dem amerikanischen Grafiti, noch mit Pixação was zu tun.

Zu dieser Zeit beschäftigte ich mich mit Büchern zum Thema Quanten Physik und Schriften zu den geistlichen Philosophien des Orients. Ich war dem Grund des
Seins auf der Spur. Diese Lektüre beeinflusste stark die Entwicklung meines neuen Zeichenstils. Dieser besteht aus Alphabeten, Ideogrammen und Symbolen, die ich damals entwickelte, um grafisch das auszudrücken, was ich in diesen Schriften verstanden hatte.

Zum Beispiel das Auge. Es repräsentiert den kosmischen Samen oder den göttlichen Funken, die unsterbliche  Seele in uns.

Der Kopf im Profil gezeichnet steht für die Person, wie im griechischen die Maske.
Er steht für die körperliche Identität, die Materie und die Zeit. Der sterbliche Körper, den die Seele benutzt, um auf dieser Welt zu leben.

Die 13 taucht oft im Kopf auf. Sie steht für den Mond, das Unbewusste und die Wasser. Dies ist die Zahl der Umdrehungen des Mondes nach dem Kalender der Maia.


In meinen Arbeiten taucht auch das Kreuz als Symbol auf. Denn es ist eines der ältesten Symbole der Menschheit, das es schon vor Christus gab. Es steht für den Himmel und die Erde. Der vertikale Strich steht für den Himmel, den Vater, der horizontale für die Erde, die Mutter.

Es gibt auch organische und gerade Striche. Denn das Gerade steht für den Verstand, das gebogene für das Gefühl. Der Verstand ist die Sonne, Das Gefühl
und die Intuition sind der Mond.

Denn alle Gesellschaften und auch die archaischen Völker entwickelten grafische Symbole um ihre eigenen Ideen und Gefühle darzustellen, als sprachlichen Kodex sozusagen, mit dem Ziel, die Gedanken auszudrücken und der Welt mitzuteilen. So wurde eine Einheit von Symbolen geschaffen in einem Stamm, einem Volk, einer Nation. Genauso wie mit den Buchstaben, grafische Zeichen die für die Klänge der Sprache stehen.

Diese Malereien, die ich mit der Zeit entwickelte, verbreiteten sich über die ganze Südzone meiner Stadt, mit Pinsel, Rolle und Wandfarbe.

Durch diese Aktivität wurde die Aufmerksamkeit vieler geweckt. In einer Galerie fand dann meine erste Einzelausstellung statt. Seit dem bewege ich mich im Kreis der zeitgenössischen Künstler, weil ich die Stadt als Mittel und Medium für meine poetische Grafik verwende. Das war 2005.

In den folgenden Jahren wurde ich immer wieder zu Ausstellungen eingeladen. Aber ich habe nicht aufgehört, auf den Straßen meiner Stadt gestaltend zu wirken. Die Stadt ist der eigentliche Tag. Denn Pixação wird als Verunreinigung angesehen und die Stadt verunreinigt in vielerlei Hinsicht. Denn sie verschmutzt die Luft und die Ozeane, zerstört die Wälder, in ihr herrschen Ausbeutung und Elend.

Und der Tag, der Ursprung der Kultur des heutigen Grafiti, das in New York entstanden ist, ist das eigentliche Wort, das auf diesen Vandalismus der großen Städte zeigt. Ausgesprochen vom Volk, allen voran die am meisten Ausgeschlossenen. Diese großen Städte stehen für den wirtschaftlichen materie-llen Fortschritt, der eigentliche Charakter unserer heutigen kapitalistischen Konsumgesellschaft. In der sklavenhafte Ausbeutung das Fundament oder das tragende Gerüst stellt. Denn dieses System dient einzig und allein dem Wohl einer reichen Minderheit, es wird geleitet von einer Politik der Ausbeutung. Das führt zu gesellschaftlichen Störungen und Ungleichgewicht. Bringt hervor das Elend, die gesellschaftliche Verzerrung, zum Schluss: der Krieg. Ohne jeglichen Respekt für den Planeten auf dem wir leben und die biologischen Gesetze.

Beim Erforschen der Geschichte des Grafiti stieß ich auf Geschichten aus dem
Alten Rom. Dort ritzen die Plebejer Protest-Botschaften in die Wände. Diese waren gegen den Staat und seine elendige Politik von ‘Brot und Spiele’ gerichtet. Mit Bildern, die sich über die Herrschenden lustig machten.

Der Tag oder das Pixo ist die eigentliche Hieroglyphe die die Ästhetik des Chaos repräsentiert. Und er ist auch ein Reflex der Selbstbestätigung von Individuen in der Konsumgesellschaft, die sich mit der Globalisierung und der Neuen Weltordnung immer mehr standardisiert und vereinheitlicht.

2008 kam ich zum ersten Mal nach Berlin. Als ich dort ankam war ich sehr beeindruckt von der starken Grafitiszene in der Stadt, wo ich einen Einfluss der Pixação Kultur aus São Paulo erkennen konnte. Dort werden die Tags mit Rolle und Wandfarbe geschrieben. Ich sah viele Tags hoch oben an Gebäuden, viele Tags
und Grafitis, die unter dem Einfluss von Grafitis aus New York entstanden waren. Und ich sah auch diese Malereien, die in Berlin 'Streetart' genannt werden.

Aber die meiste Aufmerksamkeit meinerseits galt dem Untergrund Stil der Buchstaben, die mit Rolle und Farbe oben an den Gebäuden angebracht waren. Dabei hatte ich auch Gelegenheit, Leute kennen zu lernen, die mir die Gruppen der Berliner Sprüher erklärten. Es viel mir dann leicht, die auf den Straßen wieder zu erkennen. Daher wurde ein Satz in meinen Gedanken geprägt:


'Solange es Mauern gibt, wird es Grafiti geben'.


Marinho, Berlin im Oktober 2011




Geschrieben für die Ausstellung:

'Eine Geschichte der Straßen von Rio' in Berlin

 

 

printversionen:

deutsch
portugues


alle rechte bei den urhebern